Com o lançamento do documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, o nome de Lindemberg Fernandes Alves voltou a ser lembrado. O ex-namorado de Eloá Cristina Pimentel chocou o país em 2008 pelo assassinato da jovem após mantê-la em cárcere privado por mais de 100 horas.
Na época, em que tinha 22 anos, ele foi preso em flagrante após a invasão dos policiais na cena do crime. Posteriormente, ele foi condenado por 12 crimes, incluindo homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio e cárcere privado. A pena inicial foi de 98 anos e 10 meses de reclusão, posteriormente reduzida para 39 anos e três meses em 2013.
Atualmente, ele cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP), conhecida por abrigar “presos famosos”. E segundo a sua defesa, o detento tem um “comportamento exemplar”, estudando e trabalhando desde o momento em que foi preso.
Em 2021, a Justiça concedeu a progressão para o regime semiaberto, decisão que foi revogada meses depois. No final de 2022, ele conseguiu novamente o benefício, que lhe permite trabalhar ou estudar fora da prisão durante o dia, retornando para dormir.
Relembre o caso
O sequestro de Eloá Pimentel, de 15 anos, pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 à época, comoveu o país e foi transmitido em tempo real por diversos canais de televisão em 2008.
Foram 100 horas de negociações com a polícia, acompanhadas por depoimentos de vizinhos, especulações sobre as motivações do crime, tensão pelo desfecho e até entrevista com o próprio sequestrador. Um enredo que levantou debates e transformou o caso em um dos episódios de cárcere privado mais emblemáticos da história do Brasil.
