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SAÚDE

Câncer de mama: estudo identifica novo fator de risco para a doença

Metrópoles
Atualizado em 02/05/2023 20:47

Câncer de mama: estudo identifica novo fator de risco para a doença
Foto: Reprodução/Unplash

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificaram uma nova forma de prever o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama no futuro. Eles sugerem que os médicos avaliem a velocidade com que a densidade das mamas das pacientes é alterada com o passar dos anos.

A medicina já considera que a maior densidade do tecido mamário está relacionada ao aumento do risco de desenvolvimento da doença. O novo estudo, publicado na última quinta-feira (27/4), na revista JAMA Oncology, mostra agora evidências de que um ritmo de declínio da densidade mais lento em uma das mamas geralmente precede o diagnóstico do câncer.

Os exames de mamografia fornecem informações quanto a densidade das mamas, mas o dado não faz parte do protocolo de avaliação sobre o risco do desenvolvimento de tumores.

“Caso a novidade seja implementada, o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama pode ser atualizado toda vez que ela fizer uma nova mamografia”, afirma a principal autora do estudo, Shu Jiang, professora associada de Ciências da Saúde Pública na universidade norte-americana, em entrevista ao jornal The New York Times.

 Estudo - O estudo liderado por Shu acompanhou aproximadamente 10 mil mulheres ao longo de dez anos. Nenhuma delas tinha diagnóstico de câncer no início da pesquisa. Durante uma década, os cientistas analisaram as mudanças na densidade das mamas das participantes.

Ao final do levantamento, 289 mulheres haviam sido diagnosticadas com câncer de mama. Elas tiveram a densidade das mamas comparada com as de outras 658 pacientes com perfis semelhantes, mas que não desenvolveram a doença.

Os pesquisadores observaram que todas as participantes do estudo sofreram uma diminuição da densidade das mamas ao longo dos anos, mas aquelas que desenvolveram câncer tiveram um declínio mais lento. Outro fator importante foi que, ao analisar a densidade das mamas de uma mesma participante separadamente, observou-se uma queda significativamente mais lenta no seio que desenvolveu tumores no futuro.

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