SEGURANÇA
Polícia Civil deflagra operação para coibir manipulação de imagens pornográficas em Maceió e Região Metroplitana
Delegados Daniel Mayer e Sidney Tenório comandam operação deflagrada nesta sexta-feira (19)
Agência Alagoas
Atualizado em 30/04/2024 10:31
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (19), em Maceió e no município de Marechal Deodoro, a operação denominada de “Deepfake”, relativa à manipulação de imagens pornográficas com a sobreposição de rosto de adolescentes e uso de Inteligência Artificial (IA), onde foram apreendidos celulares, tablets e notebooks.
Segundo as investigações da PC, estudantes que têm idades entre 14 e 16 anos usaram os rostos de colegas de turmas para sobrepor em imagens pornográficas e compartilhar em grupos de WhatsApp. Foram apreendidos smartphones, tablet e notebooks. O material passará por análise da perícia técnica para descobrir a rede de produção e distribuição das imagens.
As vítimas são todas adolescentes, alunas de diversos colégios particulares de Maceió. Pelo menos, doze delas procuraram a polícia para registrar denúncias. Os supostos autores das imagens são também adolescentes e estudantes de escolas da capital.
Deepfake é uma junção de palavras para formar uma nova – do inglês deep (profundo) e fake (falso). Ele usa uma forma de machine learning chamada tecnologia de aprendizado profundo (deep learning technology), para compreender a aparência do rosto em ângulos diferentes e, em seguida, usar essa informação para transpor um rosto deepfake para o rosto de outra pessoa. O rosto deepfake torna-se então uma máscara que se pode controlar e manipular.
A operação está sendo comandada pelos delegados Daniel Mayer, diretor do DPJ1 (Diretoria de Polícia Judiciária 1) e Sidney Tenório, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em domicílios situados nos bairros de Ponta Verde, Jatiúca, Mangabeiras, Serraria e na cidade de Marechal Deodoro.
De acordo com os delegados Daniel Mayer e Sidney Tenório, os alvos da operação deverão responder por atos infracionais análogos aos crimes de associação criminosa, divulgação de imagens pornográficas de adolescentes, difamação e falsidade ideológica. Já os pais devem ser processados civilmente.