A Câmara Municipal de Maceió aprovou, em segunda discussão nesta terça-feira (13), a chamada Lei Anti-Oruam, de autoria do vereador Delegado Thiago Prado. O projeto tem como objetivo impedir que manifestações culturais promovam, de forma direta ou indireta, a exaltação de atividades criminosas, assegurando que recursos públicos sejam aplicados de maneira responsável e em consonância com as políticas de segurança e de promoção da paz social.

“Quero agradecer a todos os colegas vereadores que aprovaram esse projeto tão importante para Maceió. Nos últimos tempos, temos visto criminosos romantizando o universo das facções e do crime organizado, disfarçados de artistas e cantores. Esses shows acabam incentivando os jovens a enxergar o crime como algo comum, o que é inaceitável. O crime organizado é um câncer social, que apenas escraviza os moradores das comunidades e tenta usurpar o papel do Estado”, afirmou Thiago Prado.

A nova legislação determina que qualquer evento financiado com recursos públicos, direta ou indiretamente, estará sujeito às diretrizes da Lei Anti-Oruam. “Não podemos permitir que, ao mesmo tempo em que combatemos o crime organizado nas ruas, o poder público financie artistas que exaltam essa realidade. Essa contradição precisa acabar”, completou o vereador.

O nome do projeto faz referência ao rapper carioca Oruam, filho de Márcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho.

Após a aprovação na Câmara Municipal, a proposta segue agora para sanção do prefeito de Maceió, JHC.