Thallysson Alves / Ascom HGE
 

O Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que, a cada cinco a sete casos, ocorre um óbito.

O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, é referência no tratamento dos casos de média e alta complexidade em cardiologia, e conta com o serviço de hemodinâmica para a realização de cateterismos e angioplastias.

Nos primeiros seis meses de 2025, a maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas registrou 437 exames cardíacos na hemodinâmica, sendo 276 cateterismos e 161 angioplastias.

Ainda sobre esse número, 151 casos foram de emergência, de cidadãos que precisaram de intervenção imediata para que a sua vida fosse salva. Uma agilidade exclusiva para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas.

“É fundamental a assistência logo nos primeiros minutos de início dos sintomas para evitar o risco de sequelas e óbitos. Para ajudar nessa missão, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou o programa Bate Coração, que utiliza a telemedicina para avaliar os casos que chegam nas unidades credenciadas e, assim, agilizar a transferência para o hospital de referência para o tratamento imediato”, explicou o coordenador da Unidade de Dor Torácica (UDT) do HGE, José Ronaldo Lessa Peixoto.

Beneficiado

O aposentado Jason Alves da Silva, de 70 anos, é um dos beneficiados pelo programa. Ele estava em casa no último dia 20, quando se sentiu mal após comer uma bolacha. A queimação no peito foi tão grande que o fez cair ajoelhado.

Sua esposa, assustada, decidiu levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tabuleiro dos Martins, em Maceió, onde recebeu o primeiro atendimento e o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio.

“Rapidamente me transferiram para o HGE e, para a minha surpresa, o atendimento aqui está muito melhor do que aquele que recebi anos atrás quando quebrei dedos da minha mão esquerda. Fui levado para fazer um cateterismo. Lá precisaram fazer uma angioplastia e inserir um cateter. Agora eu estou muito melhor e ainda admirado com todo o tratamento que venho recebendo por todos os servidores”, afirmou Jason Alves da Silva.

Infelizmente, antes do susto, o aposentado não realizava check-ups, apesar de hipertenso e de já ter perdido um irmão para a doença. Também não seguia uma dieta balanceada e praticava atividade física. Agora, ele promete que fará diferente quando voltar para casa; e não vê a hora de poder pescar com sua família no Rio Cachoeira do Meirim, localizado no Benedito Bentes.

“Quando voltar para casa, vou deixar de comer besteiras, vou selecionar melhor o que vou comer. Aconselho a todos que façam o mesmo e cuidem da própria saúde. Procure sempre um médico, para acompanhar e descobrir se há, ou não, risco de ter a doença. E se os sintomas surgirem, não deixe de buscar atendimento médico imediatamente. Tem gente que fica evitando ir ao hospital, mas isso poderia ser fatal comigo”, disse o paciente do HGE.

Infarto

Os sintomas podem ser dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, braço direito.

Essa dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax, provocando suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Se isso acontecer, o atendimento de emergência mais próximo deve ser acionado, ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo telefone 192.

“Os profissionais do Samu fazem parte do programa Bate Coração e estão capacitados a fazerem o pré-atendimento. Durante o deslocamento, os socorristas podem informar a situação à regulação do Estado e comunicar ao hospital de referência para que os profissionais já se preparem para a admissão. É o que fazemos aqui e, assim, salvamos vidas”, pontuou o coordenador médico, Élton Leandro.