CRISE
Governo Lula irá pagar auxílio de R$ 2.640 a pescadores e marisqueiras de Maceió afetados pelo risco de colapso em mina da Braskem
Paulo Dantas, reuniu-se nesta terça-feira (5) com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin
Redação
Atualizado em 06/12/2023 10:25
Em meio à preocupante situação provocada pelo risco iminente de colapso da mina 18, mantida pela Braskem no bairro do Mutange, às margens da lagoa Mundaú, o governo federal anuncia medidas emergenciais para auxiliar os seis mil pescadores e marisqueiras de Maceió afetados pela crise.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas, reuniu-se nesta terça-feira (5) com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, para discutir a situação e buscar soluções para os trabalhadores impactados. Como resultado desse encontro, ficou estabelecido que um auxílio de R$ 2.640 será disponibilizado imediatamente a esses profissionais, seguindo os moldes do auxílio concedido a pescadores afetados pela estiagem na Região Norte do país.
A lagoa Mundaú, uma das principais fontes de renda para os habitantes locais, teve seu uso para pesca desaconselhado pela Defesa Civil de Maceió e pela Marinha do Brasil, devido ao risco de desabamento da mina 18. O estuário lagunar Mundaú e Manguaba é reconhecido como um dos maiores centros de produção de proteína animal de origem lagunar e marítima no planeta. Cerca de seis mil pessoas dependem diretamente da atividade produtiva da pesca e coleta de marisco na lagoa.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, enfatizou a relevância econômica dessa região, destacando que a crise afeta diretamente a renda e o sustento de milhares de pessoas. Durante o encontro no Palácio do Planalto, o governador Dantas apresentou uma série de pedidos ao governo federal para enfrentar a crise, e segundo ele, todos foram prontamente aceitos por Alckmin e serão acompanhados pelos respectivos ministérios.
A situação delicada no Bairro do Mutange tem como epicentro as atividades da petroquímica Braskem, responsável por 35 minas de exploração de sal-gema na região. Desde 2018, a comunidade tem enfrentado afundamentos, levando ao deslocamento de cerca de 60 mil residentes que tiveram que abandonar seus lares devido aos riscos associados à instabilidade do solo. O governo federal e estadual agora unem esforços para mitigar os impactos sociais e econômicos dessa crise, buscando soluções para a comunidade afetada.