CULTURA
Cortejo pelas ruas históricas de Penedo marca 4ª noite de Festival com muita música brasileira
Assessoria
Atualizado em 23/10/2023 17:00
A quarta noite do Festival de Música de Penedo (Femupe) levou uma multidão a cair no samba, forró e muito, mas muito frevo, no Largo de São Gonçalo, Centro. A sexta-feira (20) vai ficar na história do evento, porque estiveram no palco atrações como Wellington Pinheiro e o Chorinho, Clistenes Lisboa e o Grupo Jazzlação Premiada, o maestro Mozart Vieira e sua Orquestra dos Meninos de São Caetano, além de Sebastian Silva.
Se não bastasse a festa no palco, o maestro Mozart Vieira envolveu a plateia e puxou um cortejo pelas ruas do Centro Histórico de Penedo, acompanhado pelo som da Orquestra Sinfônica dos Meninos de São Caetano. Trompetes, bumbos, trombones, saxofones, todos juntos no embalo do Rio São Francisco. Nem a chuva fez parar essa mistura de ritmos com maracatu e frevo, A chuva foi, realmente, coadjuvante e as pessoas estavam muito empolgadas com a oportunidade de viver a noite da música brasileira.
"Estar aqui com os meninos é uma alegria imensa. Penedo tem uma grande identificação com a música e esse Festival é uma dádiva de Deus. Estar aqui é celebrar cada vida, cada momento. Queria agradecer ao reitor da Ufal [Josesldo Tonholo], ao prefeito de Penedo [Ronaldo Lopes] e ao governo de Alagoas", disse o maestro Mozart Vieira, que também fez um show à parte com muito forró, frevo e maracatu e levou o público a cair na folia.
Havia festa nos compassos de quem acompanhou o bloco, que começou no Largo, continuou no Teatro 7 de Setembro, depois na rua que fica em frente ao restaurante Grande Chico e passou pela Vila Dom Pêdu, voltando para o palco Penedo, logo em seguida. Tudo embaixo de chuva, numa verdadeira mostra do carnaval pernambucano e brasileiro.
Chorinho
A noite começou com o artista Wellington Pinheiro e o Chorinho, com participação do músico Wilbert Fialho. Eles apresentaram clássicos de samba e pagode, passeando por canções que iam de 1 a 0 e Carinhoso, de Pixinguinha, à Chega de Saudades, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, e Não deixe o samba morrer, da Alcione. Algumas marchinhas e choros também foram interpretados pela banda, o que fez o público voltar às raízes do Carnaval carioca.
O segundo momento trouxe à plateia um gostinho de composições de bandas fanfarras e jazz, com a apresentação de Clistenes e o grupo Jazzlação Premiada.
O som da sanfona, do triângulo e da zabumba, acompanhados de outros instrumentos como violão elétrico e guitarra, aproximou o público do forró do Nordeste. Músicas como "Anunciação", "Dona da minha cabeça" e "Espumas ao vento" foram tocadas por Sebastian Silva e banda.
Na plateia, aproveitando junto com a esposa, estava José Sandro Clementino, de 47 anos, que é de Maceió, mas mora há cinco anos em Penedo. Ele contou que um dos melhores momentos foi a folia do cortejo.
"Foi muito bom, ontem e hoje. Eu tava aqui ontem também. Me chamou atenção essa folia no final, foi o melhor momento da festa. Eu gosto da folia. Foi bom demais porque também participei do cortejo. Gostei também de ouvir chorinho porque eu ouvia muito em Maceió. Adoro música antiga. Teve muita coisa boa aqui, tudo de bom", afirmou o morador.