Ruana Padilha / Ascom Sesau

Com o objetivo de fortalecer o atendimento humanizado, ágil e oportuno, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) adotou uma nova ferramenta digital: o AppHANS. Desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS), o aplicativo é um aliado tecnológico para os profissionais de saúde na identificação e tratamento da hanseníase, promovendo diagnósticos mais rápidos e um acompanhamento mais eficaz dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Disponível para celulares, tablets e computadores, o AppHANS utiliza a tecnologia Progressive Web App (PWA), o que permite o acesso direto pela internet, sem necessidade de instalação. A plataforma é dividida em módulos que auxiliam desde a detecção de casos suspeitos até o acompanhamento do tratamento, seguindo as diretrizes do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase.

Entre as funcionalidades do aplicativo, destacam-se a avaliação de casos suspeitos, que fornece informações sobre sintomas e orientações para encaminhamento, e o registro de casos confirmados, que permite monitorar a evolução do paciente e definir a melhor abordagem terapêutica. Além disso, o AppHANS facilita o monitoramento das reações hansênicas, ajudando na identificação de complicações e no ajuste do tratamento.

Rayssa Teixeira, enfermeira da Área Técnica de Vigilância e Eliminação da Hanseníase da Sesau, enfatiza a importância do aplicativo para um diagnóstico mais assertivo e um manejo clínico adequado. “O AppHANS é uma ferramenta essencial no combate à hanseníase e na redução da subnotificação. Ele funciona como um guia de bolso, instrumentalizando os profissionais, especialmente aqueles com menos experiência clínica, que podem sentir insegurança no diagnóstico. O aplicativo contribui para uma avaliação mais precisa e segura”, explicou.

SOBRE A HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode ser transmitida por meio de gotículas de saliva durante a fala, tosse ou espirro de pessoas doentes que não estejam em tratamento. A doença afeta a pele e os nervos, podendo causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado corretamente.

Os principais sintomas incluem manchas na pele com perda de sensibilidade ao calor, frio, tato e dor, que podem aparecer em qualquer parte do corpo. O tratamento, disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), consiste na administração de comprimidos diários, supervisionados a cada 28 dias, até a cura completa.

É fundamental que todas as pessoas que convivem ou conviveram com pacientes diagnosticados sejam examinadas, já que a hanseníase é uma doença transmissível, especialmente em estágios mais avançados. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a hanseníase tem cura, reforçando a importância de iniciativas como o AppHANS para o controle e eliminação da doença.