ATRÁS DAS GRADES
Acusados de matar casal de Penedo por conta de trabalho de magia negra são presos em Murici
Redação
Atualizado em 10/11/2023 08:22
Nesta quinta-feira, 09 de novembro, o Núcleo de Investigação Especial (NIESP) da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas, sob a coordenação do delegado Daniel José Galvão Mayer, efetuou a prisão de José Marcos Douglas da Silva e Quitéria Maria dos Santos. O casal é acusado de praticar um duplo homicídio com requintes de crueldade em agosto do ano passado, em Coruripe, motivado por suposto trabalho de magia negra.
Segundo as informações policiais, José Marcos e Quitéria, que são casados, estavam foragidos da Justiça alagoana e foram capturados no município de Murici. O casal tentou escapar do cerco policial, mas foi detido pelas autoridades. Antes de serem localizados em Murici, eles residiram em diversos municípios, incluindo Campo Alegre, Viçosa, Capela e Cajueiro.
O duplo homicídio, pelo qual o casal é acusado, ocorreu em 22 de agosto do ano passado. José Genilson da Silva Oliveira, 21 anos, e Leandra Bento da Silva, 22 anos, que residiam no povoado Pescoço, em Penedo, foram assassinados com golpes de arma branca em Coruripe. O crime foi caracterizado pela extrema violência, deixando as vítimas com os rostos desfigurados. À época, José Marcos e Quitéria foram presos, mas foram soltos durante audiência de custódia.
O crime, segundo depoimento de José Marcos em agosto de 2022, foi motivado pela descoberta de que o casal supostamente havia realizado um trabalho de magia negra para separar Quitéria de seu companheiro. O acusado revelou que, de forma premeditada, convidaram as vítimas para ingerir bebida alcoólica, levando-as posteriormente a um canavial para executá-las.
A Polícia Civil teve acesso aos detalhes do crime através de áudios enviados no grupo da família no WhatsApp, onde a filha do acusado relatou o que seu pai havia feito contra o próprio sobrinho e sua esposa. O NIESP, criado há apenas dois dias, já demonstra eficácia, registrando quatro prisões importantes nesse curto período, incluindo a de um homem que estava foragido da Justiça por 32 anos, estabelecendo um recorde no estado. O órgão promete ser uma ferramenta significativa na segurança pública de Alagoas.